ERA MAIS UMA BELA MANHÃ DE SOL.
Era mais uma bela manhã de sol,
Com todas as possibilidades de uma primavera-viva,
Tons e notas pelo ar,
E eu ali a te esperar.
Meio sem saber de mim, estava lá.
Meio sem saber de lá, estava aqui.
Nenhuma sombra no chão,
Nenhuma fatia de pão,
É meio-dia, e na mente confusão!
Agora era a tarde quem chegava,
Com todas as fragilidades de uma primavera-adoecida,
Poucos pássaros a voar,
E eu ali a te esperar.
Ainda sem saber de mim, mas estava lá.
Ainda sem saber de lá, mas estava em ti.
Crepúsculo vespertino, solar.
Puxo a cadeira e me ponho a sentar,
Sobras de amor para o jantar.
Por fim chegara, era a noite quem chegava!
Com todos os pesares de uma primavera-morta,
Já não havia tons, nem notas pelo ar,
Tampouco pássaros a voar,
E eu, sem bem saber o porquê, ainda estava lá.
Meio sem saber de mim, estava lá.
Meio sem saber de lá, estava aqui. E Ainda estou!