Dor
Rouba-me a dor
De não mais ter os teus sentidos
Amado meu,
Rouba-me a dor
Que alimenta a chuva
E os ventos de agosto
Na primavera
De teus olhos
De maresia.
É tarde, sou tua
E a solidão noturna
Anuncia
O vazio de ti em meu peito
Nos espaços da poesia
Em que deixamos rastros de nós
Faz-me ouvir-te em silêncio amor
Rouba-me a dor
Da saudade
Das imprecisas horas
Sem ti
E sempre em fuga
De nós.