O MEU VERSO VIROU PEÇA DE SAUDADE/NO MUSEU IMORTAL DA CRIAÇÃO!
Eu cantava as coisas sertanejas,
A desgraça do povo, a fome e a sede,
Os defuntos carregados em uma rede,
As feridas políticas varejeiras,
As feridas fincadas nas peixeiras,
As gargalhadas de satisfação,
As lágrimas derramadas de traição,
O abraço gratuito de amizade:
O meu verso virou peça de saudade
No museu imortal da criação!