Eh, eh, eh, saudade
A lua surge quando o sol vai embora
ofuscando a lanterna do vagalume
e como é sempre de costume
fecho os meus olhos me lembrando de outrora.
Era manhã e o sol já raiava
lá por trás daqueles montes
e me lembrando como se fosse ontem
ainda de olhos fechados eu chorava.
Quando bate na gente uma bela lembrança
daquelas de doer aqui no peito
saio de fininho e dou um jeito
de jamais perder na vida a esperança.
Abro os meus olhos e ponteio a viola
estou mesmo é querendo fugir de mim
juro que não queria que fosse assim
sai lembrança, faça rastro e não me amola.
Desde que me vi grande sem crescer
muitas vezes procuro a solidão
e deixo ela fazer parte do meu coração
querendo que a lembrança venha pra logo morrer.
Eh, eh, eh, saudade, deixa de maldade e sai de mim agora.