VIDA BOA

Sinto saudade do tempo antigo,

Que quando a tarde eu descia pro igarapé,

Do tempo que hoje não vivo,

A beira de um forno torrando café.

O frio que a madrugada soprava minha rede,

Me lembro, de barro era meu fogão,

Lamparina que enfumaçava a parede,

E o barulho suave do meu lampião.

Tenho guardado, meu coração ainda chora,

Saudade do rádio e as músicas reais,

Pois tenho que esquecer tudo agora,

Do meu violão, e dos sons dos animais.

A vida me reservou momentos de ruínas,

As coisas modernas que funde a alegria,

Essa vida agora cheia de rotinas,

É sem futuro, viver nessa agonia.

O mundo lá vai sem rumo e sem direção,

Continuamente sem hora pra parar,

Desde que surgiu a televisão,

A internet e o Celular,

Viver o que vivi, ninguém vai conseguir,

Das essências naturais que da vida provei,

Mas a força da transformação veio me pedir,

Que apagasse da memória tudo aquilo que passei.

Hoje sinto um zé ninguém, que a vida me levou,

Me sinto forçado em viver nessa tristeza

Sou fraco de sonhos, pois o tempo apagou,

Levou da minha vida, o aroma e a beleza.

Autor; Gilson R. Albarracin

Gilson R Albarracin
Enviado por Gilson R Albarracin em 26/08/2014
Código do texto: T4937414
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