AURORA BOREAL

Bela paisagem, olhando a aurora boreal,
que não vejo, do fundo do meu quintal,
relembrei ali, o som de um bandolim.
Ao longe, a grande montanha nevada,
visão numa hora triste e errada,
que é a vida, nessa terra do sem fim.
A profissão, que me envia,
para a região crua e bravia,
onde não existe o botequim.
O frio que me congela
longe de uma donzela
e o uivo  da ventania...

Deixarei em breve essa vida de cientista,
quero voltar a ser somente um pecuarista,
vou daqui a pouco, abandonar a expedição.
Quero voltar, para minha terra brasileira,
olhar o verde da Serra da Mantiqueira,
serei feliz, quando rever Campos do Jordão.
Olhando a terra tão gelada
sem pássaros na madrugada,
sinto a vida tão passageira.
Ao ver a casinha amarela
alguém sorrindo na janela
esquecerei essa jornada.


 
GIL DE OLIVE
Enviado por GIL DE OLIVE em 25/08/2014
Reeditado em 25/08/2014
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