Ave Rua Paraná

Ave Rua Paraná!

A tua retidão me faz pensar.

A tua imensidão um algoz

De tanto... tanto

Trabalho

Barulho

Gente!

Ave Rua Paraná!

No começo

e no fim de semana

sempre a mesma ladainha.

A aventura do percurso

de casa para o trabalho

tornando-se ainda mais longa

Vendem-se de tudo na Paraná.

Desde o desdém de um pão gostoso

ao automóvel mais monstruoso!

Ave Rua Paraná

Dos pequenos bares e mercearias

do Sr. Fernandes, José e Zacarias

das frívolas mercadorias.

Fala-se de tudo.

Desde a prática do ócio

ao fechamento de um grande negócio!

Ave Rua Paraná!

Nesses dias de domingo

que só Deus sabe,

saio com certeza de ti encontrar.

Na procura de um frango caipira... vivo!

Ali perto, nas esquinas

do posto e bar Paraná.

Ah! Mas encontro sopa pronta!

Mais acima, pinga e churrasquinho no passeio.

A cerveja véu de noiva...

E uma mulher vendendo doces...

E a ressaca?

Não há motivos para se preocupar,

estou apenas a te observar,

e além do mais,

lá tem farmácia pra me curar!

Ave rua...

Avenida Paraná!

Como é belo o teu trajeto

Como é longa a tua sina

De vidas tão variadas

De tão imensa...

Que Divinópolis

Parece estar toda dentro de ti!

Marco Antônio Pinto
Enviado por Marco Antônio Pinto em 20/08/2014
Código do texto: T4930707
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2014. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.