Ave Rua Paraná
Ave Rua Paraná!
A tua retidão me faz pensar.
A tua imensidão um algoz
De tanto... tanto
Trabalho
Barulho
Gente!
Ave Rua Paraná!
No começo
e no fim de semana
sempre a mesma ladainha.
A aventura do percurso
de casa para o trabalho
tornando-se ainda mais longa
Vendem-se de tudo na Paraná.
Desde o desdém de um pão gostoso
ao automóvel mais monstruoso!
Ave Rua Paraná
Dos pequenos bares e mercearias
do Sr. Fernandes, José e Zacarias
das frívolas mercadorias.
Fala-se de tudo.
Desde a prática do ócio
ao fechamento de um grande negócio!
Ave Rua Paraná!
Nesses dias de domingo
que só Deus sabe,
saio com certeza de ti encontrar.
Na procura de um frango caipira... vivo!
Ali perto, nas esquinas
do posto e bar Paraná.
Ah! Mas encontro sopa pronta!
Mais acima, pinga e churrasquinho no passeio.
A cerveja véu de noiva...
E uma mulher vendendo doces...
E a ressaca?
Não há motivos para se preocupar,
estou apenas a te observar,
e além do mais,
lá tem farmácia pra me curar!
Ave rua...
Avenida Paraná!
Como é belo o teu trajeto
Como é longa a tua sina
De vidas tão variadas
De tão imensa...
Que Divinópolis
Parece estar toda dentro de ti!