UM MATUTO NO HOTEL
Em doze dias de tristeza
Um de alegria, eu sinto.
Durmo no outro dia, foi duas semanas
Confesso, num minto.
O dia num passa,
Já tô pra morrê,
Uma fadiga eterna, num consigo imaginá,
O que pode acontecê.
Eu juro que a soudade,
É essa dô no coração,
Trinta dias na cidade, eu num posso aguentar,
Vou voltá pro meu sertão.
Vou dizê a realidade,
Espero que acredite,
Doente eu vou ficá, se aqui eu demorá
Tô até sem apetite.
Vou pegá, um avião,
Moto taxi, e carrossel,
Quero voltá pra minha terra, sinto soudade,
Vou deixá esse Hotel.
As meninas são bacanas,
As lá da recepção,
Um matuto na cidade, verdade, que vergonha,
Que decepção.
Elas fala uma linguage,
Muita coisa, num entendo,
Choro queto no meu quarto, pelo que tô passando,
Por isso que tô vivendo.
Amanhã levanto cedo,
Eu num tô nem aí,
Esse sonho de cidade, num posso, num quero,
Passei quinze dias sem dormí.
Obrigado pessoal,
Desculpe o constrangimento,
Tô saindo da cidade, com certeza amanhã,
Deixo esse sofrimento.
Autor; Gilson R. Albarracin