EU CONTINUO TE ALIMENTANDO DE POESIA.

Já me despi de tudo aquilo que eu não era, abandonei todo esse peso, para encarar todos os fatos em que eu dei tudo e nada recebi, e que apenas se tornou um frenesi de espera. Agora, foste tu quem decidiu o que fazer com o tempo, no momento em que você não o percebeu e o deixou ir.

Já não sinto mais que te amolgo do meu controle, e até desacelerei a velocidade em que batia o meu coração, e agora que faço seguir as advertências, como também os sons que permeiam a nossa memoria, e a consciência, ai eu faço dessa história uma ciência, cheio de motivos dentro da minha permanência em tua trajetória.

Também não encontro mais resistência, nessa combinação harmônica, dos sentimentos que consigo ter controle na ação e reação, em todos os seus movimentos. Permito agora que Absorvas, e te agarre ao que já não te causa medo, só para continuar perseverantemente com as minhas palavras tão docilmente estáveis, porem rebuscadas na tua caligrafia, mas, que estão sempre me reinventando, e te alimentando de poesias.

Quando metade de mim, já está em organização, misturando emoção com abstração, é a nossa química que arde, desvela, e faz superar a tua vontade que ficou expressa, sem alarde, porem que descartou toda saudade em revessa, e que de ti, já abortou a solução.

Aprender a olvidar é mais importante que recordar, e essa decisão engastam a nossa realidade de confiar no improvável, mesmo que inconscientemente nos deixe estável, a absorver as ideias e ideais que nos afasta da mente. Esse conjunto de sinais que nos absorve, e que nos trás ajuda.

É, portanto, por demais necessários repelir a saudade, mesmo malgastando a nossa cumplicidade, para reunir o poder da lembrança, deixando esvaziar os limites do quando, e buscar o cicio certo de aliança. Semelhante quando a propensão é de determinarmos o nosso completo esquecimento da esperança, já que esta nos desperta a dor, ou mesmo que seja apenas por uma indignação, que vem limitar o nosso quinhão de aspiração, ao sonhar, pois, a musica que tocou o teu coração, só eu a posso cantar.

Marcus Paes
Enviado por Marcus Paes em 15/08/2014
Reeditado em 04/10/2017
Código do texto: T4923858
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