UM POEMA AO AMOR.
Eu sempre estou te beijando em pensamento, do mesmo modo que a areia da praia é beijada pelo mar, e eu estou sempre a te banhar, como o suor que escorre dos olhos amante, que cai como uma lagrima vazante, lá do nosso mais alto sentimento diligente, esse que é a luz desse nosso paraíso, que faz você desejar, o céu do meu inconsciente.
Apenas o Amor pode trazer a chuva, essa que cai nos campos fertilizados dos nossos desejos, e faz a tua lua circular em lampejos, neste meu sol que ainda está buscando respostas, nos sons do espaço, e com estas palavras que agora eu faço, e que são minhas, e já arrancadas do fluxo do meu coração, em completa agitação.
A minha cabeça que agora funciona como uma porta, e não importa qualquer resposta, desde que você me coloque em teu lugar, pois eu serei sempre os teus olhos, e juntos agora, podemos essa pagina virar. Esse é o nosso Amor, que apenas começou outra etapa fulgente, e das nossas lembranças, que só me ajuda a refazer a minha mente.
E tudo o que eu conservo agora é o vazio, que vem com a liberdade de tudo que nos escapa, entre o mapa dos teus dedos macios. E agora que estou sozinho com os meus medos, em que eu vou sempre estar lá como o guardião dos teus segredos, assim como foi formada essa distância, que me faz enlouquecer como uma pena pelo teu degredo, a flutuar pra longe da minha razão.
Permaneço tentando continuar nessa luta, pois eu acredito que existe uma metade que é o tempo, e a outra metade que é a sorte. E só agora eu posso fazer uma permuta, ou um aporte, e ver nela onde cabe cada possibilidade. E mesmo no desvario de um sonho do meu Amor consorte, que de repente apareceu na minha mente, com sublimidade.
Nesse momento eu escutei o teu suspirar distante, e sei que você sempre vai estar lá no final da minha oração constante, como sei que você ainda não conseguiu entender, como à sua própria canção. E agora vejo a tua mão, um pouco vazia de imaginação, que mal consigo apertar, e com o nosso mundo a se estender ao longo da velocidade, e com os seus lábios tão perto dos meus a me chamar, o tanto que tenho te aprisionado, nessa imensa saudade.