SAUDADES DE BURITIRAMA
Que saudades daqueles buritis!
Os quais ornavam de beleza a cidade;
Abrigo das andorinhas, bemtivis,
Dos pardais que cantavam a vontade.
Saudade daquela graciosidade:
A aurora que no horizonte despontava.
Era um show de beleza na verdade
Que meu olhar atento presenciava.
Saudade dos brejos qu’eu passava
Nas minhas andanças costumeiras;
Da boa turma com quem eu andava
Gente acolhedora e hospedeira.
Ah! Saudades daquela mangueira
Lá da Rua Francisco Rapadura
Repleto de elegância e a vida inteira
Esbanjara exuberância, formosura.
Como era gostoso ver a candura
Ainda existente na redondeza.
O bom mesmo era sentir a brisa pura
Da nossa senhora, a mãe natureza.
Que pena! Que só contemplo a beleza
De bem longe. De cá, também se ama.
Saudades de tudo... Dos belos buritis,
Dos brejos, dos baixões e dos pequis!
Da minha querida Buritirama.!