Efêmera passagem
As luzes se apagaram, as festas noturnas invadiram meu corpo, já entre suas roupas, ao abandono, ao amor. Descobri paulatinamente peça por peça, procurei me ocultar em seus mistérios, afogando-me em seus beijos, banhando em seu corpo. Amei você nos silêncios, nas penumbras que faziam festas, fiz folia noite a dentro. O amanhecer derramou luzes, derramei lágrimas. Você foi sonho de penumbra, meditação pela vida que se arrasta. Você foi idéia, nascimento e fé que pairou nas festas, se fez. Você foi galope, retirada, seguiu com a noite. Você foi sinfonia silenciosa, harpa sonora que soou, bem pouco. Você foi a noite das ilusões, a perda dos sentidos nos pequenos detalhes que ficaram deflorando tantas noites, na imensa expectativa ao reencontro.