Anos-luz

Distante, como meu destino

enxergam meus olhos nus

Trespassando o brilho morto

de 35 milhões de anos-luz

A vela que incandesce o quarto

Crepitante, apaga estrelas

Derretendo o breve vislumbre

de uma vida sem fronteiras

Na poeira da velha estrada

Pulverizado, o peito grita

Seja qual for o rumo que sigo

Com saudade, o verso finda

Mas a estrela

que, do passado, vigia

Ainda vê a mim,

como eu outrora me via?

Luiz Otávio Esteves
Enviado por Luiz Otávio Esteves em 01/08/2014
Código do texto: T4905413
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