Anos-luz
Distante, como meu destino
enxergam meus olhos nus
Trespassando o brilho morto
de 35 milhões de anos-luz
A vela que incandesce o quarto
Crepitante, apaga estrelas
Derretendo o breve vislumbre
de uma vida sem fronteiras
Na poeira da velha estrada
Pulverizado, o peito grita
Seja qual for o rumo que sigo
Com saudade, o verso finda
Mas a estrela
que, do passado, vigia
Ainda vê a mim,
como eu outrora me via?