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Cama D’água
ando com dor de tempo e penso
que a cura ficou n'outro tempo,
quando as horas não sofriam
porque estavam amparadas num beijo
então...
diz-me dos jardins quadriculados
de orquídeas de onde tu vinhas
com ramalhetes nas mãos.
diz-me do mar galopante em teu
olhar preguiçoso, que sempre tocou
o céu pra sentir o gosto da cor
diz-me dos dias balançados
em abas da janela
que se faziam sentinelas
pra dizer de tua chegada.
diz-me daquele furacão
revirando folhas
nas ousadias das inspirações
diz-me do repouso
das anáguas,
rodopiando de gozos,
que se amainavam
em círculos d’água
sempre nascidos das ternuras
que atiravas com as mãos.
diz-me da cama d’água
que balançava os desejos...
diz-me dos balanceios...
daquelas doces brisas
que sempre traziam
tuas palavras.
ando com dor de tempo e penso
que a cura ficou n'outro tempo,
quando as horas não sofriam
porque estavam amparadas num beijo
então...
diz-me dos jardins quadriculados
de orquídeas de onde tu vinhas
com ramalhetes nas mãos.
diz-me do mar galopante em teu
olhar preguiçoso, que sempre tocou
o céu pra sentir o gosto da cor
diz-me dos dias balançados
em abas da janela
que se faziam sentinelas
pra dizer de tua chegada.
diz-me daquele furacão
revirando folhas
nas ousadias das inspirações
diz-me do repouso
das anáguas,
rodopiando de gozos,
que se amainavam
em círculos d’água
sempre nascidos das ternuras
que atiravas com as mãos.
diz-me da cama d’água
que balançava os desejos...
diz-me dos balanceios...
daquelas doces brisas
que sempre traziam
tuas palavras.