Lamento

Ai que saudade de mim,

De quando a inocência

Era principal companheira.

Não havia solidão, a vida era

A felicidade incontida,

Uma realidade de sonhos.

Ai que saudade de mim,

De quando o sonho era

Da felicidade a certeza.

Na havia tristeza, a vida

Era movimento, que se

Fazia e desfazia sempre

Em alegria.

Ai que saudade de mim,

Quando a inocência e o sonho

Fazia do tempo delicadeza e

Nada vivido era banal.

A vida era caminho aberto,

Era nele seguir, pois havia

A certeza que a promessa

Estaria logo ali.

Hoje é só saudade dos

Dos sonhos que eu não fiz,

Das certezas que eu perdi,

Quando o caminho encurtou,

Porque a inocência me deixou

À medida que vivi.

Francisca de Assis Rocha Alves
Enviado por Francisca de Assis Rocha Alves em 12/07/2014
Código do texto: T4878926
Classificação de conteúdo: seguro