Lamento
Ai que saudade de mim,
De quando a inocência
Era principal companheira.
Não havia solidão, a vida era
A felicidade incontida,
Uma realidade de sonhos.
Ai que saudade de mim,
De quando o sonho era
Da felicidade a certeza.
Na havia tristeza, a vida
Era movimento, que se
Fazia e desfazia sempre
Em alegria.
Ai que saudade de mim,
Quando a inocência e o sonho
Fazia do tempo delicadeza e
Nada vivido era banal.
A vida era caminho aberto,
Era nele seguir, pois havia
A certeza que a promessa
Estaria logo ali.
Hoje é só saudade dos
Dos sonhos que eu não fiz,
Das certezas que eu perdi,
Quando o caminho encurtou,
Porque a inocência me deixou
À medida que vivi.