O que da Sombra foi ao vento
Os pés presos à casa,
(arbusto ou
finíssimo compasso)
onde flores não brilham,
nem gritam,
nem embriagam-se.
Os pés acesos e cansados
vacilam em raízes pacificadas:
amanhã é o ódio
(O fumo antigo).
Um vértice desponta dos ossos das ruas.
comendo urticárias,
sinônimos atrasados
entre os tapetes nomeados
por poeira.
Rasga ao vento um vocativo
olhos precisos, entrelaçar de membros,
e os que já ouviram,
correm pelas medulas noturnas
com alma de hálito.
Não se importam com o palato
se os dedos mesclam cachos arrogantes,
a língua é pouca e fala de conversas
Os pés presos à casa,
amanhã ceroulas regulares.
Não deviam mais os tetos amarrados
acordarem pelos pensamentos
ou na face robusta
a percorrer as mãos
e o cálcio da população eterna
que passa diuturna
e veste-se de calculada síntese.
ruído, ruído, ruído.
Flui a voz apodrecida
na face dos vínculos,
no timbre
cotidiano da distância.