INSPIRAÇÃO E PAIXÃO
Parei!
Mas pensei...
Naquela cerra bairrista...
Mentes fugiam da Ignorância
E como bomba explodia m’ ânsia
Acamada na minha essência criativa...
Que extraordinário morro
Que neste meditar de Setembro
Roubei, sem querer fazer o gorro
E sei que não morro nem cubro
Minha inspiração
Atraiçoou a deliberação
Que em mim incitava a incitação
Tal que nem imaginas do vulcão
Mas sabes mesmo porquê
Dessa macambúzia inspiração
Sei que não tens, nem canção
Para a poesia te dizer o que vê
Somente sei que
Quando lá estive
A pressa de ombaka
Me recordava a promessa
Do beijo que fizeras naquela cubata
A minha visão passava
Na penitenciária do cavaco
Paraíso recheado de ardores
Entre homens condenados e sem
Dores pelos guardas destemidos!
Mil lágrimas se perdiam dos meus olhos...
Tal dia de sol timido
Em que crianças desfavorecidas
Brilhavam como se fossem astros
E aos homens resolutos lutavam que maestros
Para os ensinar lições do universo ido...