INSPIRAÇÃO E PAIXÃO

Parei!

Mas pensei...

Naquela cerra bairrista...

Mentes fugiam da Ignorância

E como bomba explodia m’ ânsia

Acamada na minha essência criativa...

Que extraordinário morro

Que neste meditar de Setembro

Roubei, sem querer fazer o gorro

E sei que não morro nem cubro

Minha inspiração

Atraiçoou a deliberação

Que em mim incitava a incitação

Tal que nem imaginas do vulcão

Mas sabes mesmo porquê

Dessa macambúzia inspiração

Sei que não tens, nem canção

Para a poesia te dizer o que vê

Somente sei que

Quando lá estive

A pressa de ombaka

Me recordava a promessa

Do beijo que fizeras naquela cubata

A minha visão passava

Na penitenciária do cavaco

Paraíso recheado de ardores

Entre homens condenados e sem

Dores pelos guardas destemidos!

Mil lágrimas se perdiam dos meus olhos...

Tal dia de sol timido

Em que crianças desfavorecidas

Brilhavam como se fossem astros

E aos homens resolutos lutavam que maestros

Para os ensinar lições do universo ido...

Nkazevy
Enviado por Nkazevy em 08/09/2005
Reeditado em 29/03/2007
Código do texto: T48704
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