Ai de mim
Num tempo de flores
Que não é primavera
Deixei mil amores
A sumirem pela janela.
Larguei o meu mundo pequenino
num canto qualquer
Sem flores, meu menino!
No fogo de sonhos ardentes,
Na busca incessante e envolvente
Das delícias de um amanhã.
Morri de saudades, vivi sem divã!
Ai de mim,
que vivo assim pesarosa
sem ter sentido sim
o mais sublime perfume de rosa!