No horizonte, sobretudo
No Horizonte, sobretudo
As pregas rotas dos rumores
Umedeciam crespas flores
E o desalento do céu mudo
No mesmo Ventre uma mentira
Afoga a dor no Mar divino
E da garganta cospe o hino
E quando canta, se retira
Os olhos ébrios: Sol miúdo
Veio correr pelos odores
Regurgitando muitas cores
E os esqueletos dos paludos
De onde veio? desta lira?
Que, ruminante, em desatino
Emagreceu um tal menino
E o despertou de tanta ira?
De tal vapor assim de um tudo
Da mesma face dos senhores
Que pouco sabem dos amores
E guardam seco um grito agudo