Isabela
Isabela, menina
Cuida bem desse meu mel
Faz-me fogo e fel
E compõe em nome dele poesia
Mal sabes tu
Que ando eu, monja, a existir só,
A matar-me e virar pó
Enquanto vejo teu olhar azul sorrindo ao olhar dele
Ah, meu Poema amado,
Da pele morena,
Axioma açucarado
Dessa humilde poetisa
Ah, Isabela, Isabela,
Não tão bela quanto o Sol
Nem tão bela quanto o amor
Em sua simples beleza amarela
Ama-o como quisera eu outrora,
Doira teus lábios com o amar
Durmam na areia e escrevam no mar,
Assistam a aurora
Faça o que não pude fazer
Por falta de tempo.
Por favor, não se deixem morrer, esquecer,
Não sejam levados pelo vento…