CIDADE DE PEDRAS

Em uma cidade há duas cidades.

Olhos brilhando na luz da alva , ouvindo e apreciando a aurora brotar cânticos novos em cada amanhecer, pessoas sorrindo , brincando , curtindo o sol , os jardins e contemplando a beleza do ciclo da vida que, com olhar discreto vão se encontrando meio as relvas adormecendo no silencio do sereno, a lua cor prata cheia que,cada olhar denuncia o coração se perdendo em beleza de um manto negro estampando os milhões e milhões de brilhantes.

Muitas palavras jogadas aos ventos, mas muitas que se vão construindo um diário de amor entre as pessoas , sentimentos denunciados aos corações que bate a segundos , horas e dias.

Assim vão se partindo os dias nesta cidade onde sorrir e chorar também fazem a vez dos sentimentos , as vezes alegres e contentes e as vezes tristes.

Mas o que há de se haver na outra cidade?

Somente quatro muros e talvez dois portões.

Cidade das pedras detida sobre atras dos muros.

Verdadeira eloquência das despedidas...

Do adeus.

Que as ultimas saudades foram lágrimas envolvendo aqueles lenços , ou talvez o silêncio que foi muito silêncio em dizer ao coração aquebrantado que : Seria já a frente um rio de lagrimas de saudades.

E tu bem-te-vi, o que fazes por aqui?

Por que faz questão de cantar seu nome , estamos a te ouvir ,nós os pouquíssimos visitantes e só os jardineiros constante.

E tu rosas, tiradas de seus jardins, agora em vasos faleceram-se também.

E vocês velas sonolentas?

Derretidas sobre essas pedras , por onde os ventos levaram suas chamas?

Mas deixo a cidade de pedras, onde os raios do sol mansamente fazem questão de brilhar por aqui e, as brisas dos ventos que com melancolia fazem as folhas dos cachos do ipê amarelo acenar um adeus para mim.

Vejo com muita doçura rostos no ar...

Que acenando parte um adeus , pois a vida agora se fez silencio eterno.

Rosas e lírios se fez almas brilhantes e, meu adeus foi meu maior silêncio que partiu com o cair do entardecer.

Pois até minha caneta travou na agenda , recusando em doar sua tinta, pois lagrimas agora são apenas saudades adormecidas.

Deixo-a cidade de pedras,deixo uma flor escondida.

Em um lugar desejado, um céu oculto aos olhos.

Estrelas que se buscará, com lágrimas e sentimentos,que eram todas essas vidas.