BUSCA
(Sócrates Di Lima)
Busquei-te da imensidão de mim,
Abortei meus pensamentos,
Deletei meus sonhos,
Formatei-me, assim.
Busquei-me em ti,
Busquei-te em mim,
E na busca do nós, aqui,
Nada encontrei, enfim.
E nesse vazio sem fim,
Encontrei-se...
Pus-me a sonhar,
Divagar,
Devanear.
E assim,
na febre louca do amor,
Vibrei-me em delirios,
E na mais efêmera dor,
Destranquei-me da solidão.
Busquei minhas auroras,
Minhas manhãs de saudade,
Deveras outrora,
Toda paixão antiga me invade.
Nenhuma saudade a ser castigada,
Nem moderada,
Nem mutilada,
Nem suflagrada.
Busquei a saudade e nela enconmtrei-te,
Velejei...
Naveguei-me,
Ao leme, ao remo, não importa, te busquei.
E na solidão da noite escura,
Sem as luzes da ribalta,
Minha alma em secura,
Move-se, no deserto da minh'alma que casta.
Busco nesta manhã de Sol ameno,
Na brisa que me acaricia pela janela,
A saudade que me faz sereno,
das lembranças que tenho dela.