DO OUTRO LADO DO MAR
Do outro lado do mar,
Há um reino proibido,
É por mim conhecido,
Tem um adorado luar.
Luar que me ilumina
Nas noites de vigília,
Quando não há sono,
E tudo é belo sonho.
A esse reino vou voltar,
Nem que seja a nadar,
Pois já não há barcos,
Estão todos em cacos.
Do outro lado do mar.
Há um mundo exótico,
Cheio de luz e de cor,
Meu mui grande amor.
Amor que trouxe comigo.
Com os poemas tropicais,
Que lhe dediquei, soltos,
E semeei no meu quintal.
Quintal que é tão diferente,
Do que havia nesse reino,
Onde qualquer semente
Se multiplicava a esmo.
Há uma voz vinda do sertão,
Que chama por mim e pede
Para eu não desistir, é a sina
Que tenho e é muito minha.
Ruy Serrano - 15.05.2014, às 00:35 H