ERLEY
ERLEY
Hoje , eu me lembrei de você
E senti saudade.
Saudade tão pungente
Que me tirou lágrimas dos olhos,
Fez meu coração chorar nostálgico
Querendo, ainda hoje, compreender,
E entender seus motivos,
De ter, ainda tão jovem, procurado a morte
Tão cheio de vida, tão forte!
Hoje, ao lembrar-me de você
Já alquebrado pela doença atroz
Tão célere em seu corpo frágil,
A face desfeita, os olhos fundos
Mostrando o avanço da cruel enfermidade!
Os braços, outrora rijos
Agora são quais palitos
Sem vigor, sem nenhuma força!
Quantas vezes lhe vi, qual atleta
Exibindo os músculos morenos
E a robustez que possuía.
E então, fico a cismar, não compreendendo
O motivo de sua acerba desgraça.