O manto da poesia
Nos cobre com seu amor
Um vestir que se ajusta
N'um abraço apertado...

Na saudade quedada
Corpos que se aninham
E se alinham no horizonte
Da memória da pele...

A poesia é a harpa
Que toca noss'alma
E dá força a escrita
E leva as mãos da mente
O mais belo verso
Do digital dedilhar...

Um silencio notívago
Que te chama pelo nome
E escolhe palavras
Para afagar tu'alma...

Entranhado no ventre do verso
A espada do hirto carmim
Estatuíficando-me
Na volúpia de pedra e cal...

Da emoção do sentir
Nos trilhos do infindo porvir
N'uma viagem
No silênciar da mente
Na beleza in nature
Que é a d'alma na memória
D'um coração em pleno deserto...

Um sonhar acordado
Que molha o teclado
Na seiva da flor
Escrita na cidade de papel
Com lápis d'ouro do desejo
Na poesia em flor...

Povilhando o universo
Dos versos com o pó das estrelas
Os átrios que compõem o querer
Que provém de ti
Dedilhando o amor
Nas pontas dos dedos
O perfume embriagante...

Do vinho que corre
P'las veias escorrendo
No lava-pés envelhecido
De aroma e sabor
Que nos serve como guia
Na árvore concretizado
Nas entranhas da poesia.


Corte de Gorobixaba
Enviado por Corte de Gorobixaba em 06/05/2014
Reeditado em 06/05/2014
Código do texto: T4797089
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2014. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.