Amamo-nos

O mar arrebenta no peito de pedra e o faz desaguar pelos olhos.

Saudade é correnteza, menina; dilúvio de nossos abrolhos.

Abro os óleos dos navios e vejo o grosso da saudade,

Óh, Marquêz de Sade torto,

Invade meu porto.

Quase morto, revivo os dias enfogueirados;

O som da rádio, chiados que nos punha alma de pé; Agradecendo amamo-nos,

Agradecendo Avaré.

Fernanda Valencise

Com carinho para Regina Helena Pontes, amiga de raíz forte e, aproveitando o ensejo, muito grata ao amigo Antônio Marcos Campos. Amamo-nos sempre.

Fernanda Valencise
Enviado por Fernanda Valencise em 04/05/2014
Código do texto: T4794380
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