MORRENDO DE SAUDADES
As luzes da cidade acendem-se
Quando no horizonte
O alaranjado das nuvens –
Denominados arrebol –
Anunciam o anoitecer
E num misto de alegria e dor
Passo o final da tarde
Ouvindo os recados e gemidos do vento
Como se te anunciassem à minha espera
Queria abrir as janelas do décimo terceiro andar
E voar para a “nossa” casa
(penso que minh’alma ainda mora lá)
E recolher da lareira restos de cinzas da tua saudade
Não há mais quintal onde eu moro
A tua cachorra mora agora com crianças
Não tem mais o teu colo, nem o meu
E está sofrendo do coração (contaram-me)
Deve estar morrendo por saudades nossas
__________________________
01.05.14