SODADE DE MEU AMÔ
Ary Bueno [ O Príncipe dos poemas e do amor ]
Eta sodade que mata, judia, machuca
Essa danada, quando bate no peito
Deixa a nossa cuca bem maluca
Que nem o ponteio da viola da jeito
Não consigo ve no arto a lua brilha
Os ovido não iscuita o sabia canta
O coração ja não qué mais parpita
Os oio teima em dexa a lagrima brota
Tudo por causa dessa cabocra
Que não sai mais do meu pensar
Que faz a vida minha fica loca
Que ja nem posso mais trabaiar
Meu Deus, de paz ao caboclo
Manda meu amô aqui vorta
Que ja estou ficando loco
De saudade do seu doce beija
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