o amanhecer da primavera
olhos abertos para uma pintura pendurada no jardim
onde a paz comeu verdades que não foram ditas por uma minhoca
cada resto desta vida procuro segurar forte com as mãos abertas
antes do revoada das borboletas
dentro de um sonho de criança
cheiro as ervas do mato em dias de chuva
e de noite procuro a fonte que o profeta cantou durante a vida
criaturas vão buscando a fonte da vida
mas a realidade sempre acorda com fome de guerra
o melhor agora mesmo e abrir o livro dos mortos
e tentar ouvir a voz da festa das cores em preto e branco
antes de deitar nas flores mortas e viajar para outro campo de batalha.