EU... E A POESIA

Se soubesse cantar, cantaria

como um canário, como uma cotovia,

mas como não sei, não canto.

Para desabafar meu pranto

vivo escrevendo poesia...

E um jeito de aliviar a dor,

estranha forma, de falar de amor,

que só eu mesmo, consigo entender...

Horas e horas isso me consome,

procurando rimas para seu nome,

são poesias, que ninguém irá ler...

Poesias, que no ar não avança,

fica na minha mente, a lembrança,

fica só no papel, meu sentimento...

Só ela sabe do meu lamento,

nesse meu mundo sem esperança...

Procuro rimas para a saudade

que fique longe de felicidade,

mas nada acho no dicionário...

Só encontro palavras de carinho

que não rimam, com quem vive sozinho

nesse meu viver tão solitário...

Rimas que não irão para o ar,

não existe a voz, para te chamar...

Poesia...E muda a sua canção...

Mas sei que e viva , a solidão

por que, continuo a ti amar...

A poesia, e uma música sem voz,

que deixa, o sofrer menos atroz,

mesmo...Sem ter uma versão...

E como, se fosse eu mesmo, o cantor,

cantando, uma música de amor

para acalmar, a minha aflição...

Me desabafa muito a poesia,

pois sempre falo, da dor e da agonia

tentando dessa ilusão fugir...

Com rimas para ninguém ouvir

escrevo, para o vento, que assobia...

Nesse mundo, que vivo submerso,

ela, e a mais bela do universo

essa mulher...E tudo para mim...

A mais bela sereia que tem no mar,

linda!Como uma noite de luar...

Ela...E um amor que não tem fim...

GIL DE OLIVE
Enviado por GIL DE OLIVE em 06/05/2007
Reeditado em 19/03/2009
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