A Concha
 
 
Seu cálido olhar me embriaga
de sonhos inconfessáveis...
Quisera ser como a concha,
perdida à beira do mar,
 
que se deixa, sem rumo, levar
pelas ondas imperfeitas...
E mesmo depois de esquecida
em longínqua praia deserta,
 
guardar suave lembrança
de sua voz, dentro de mim,
num murmúrio, a confessar:
 
“Não há mistério no amor,
somente a triste verdade:
sua sina é a saudade...”


(Essa foi minha primeira tentativa de escrever um soneto. Sei que está fora dos padrões pois não possui métrica e nem rimas intercaladas, contudo, gosto dele mesmo assim por ter conseguido fechá-lo com "chave de ouro"... )
AndraValladares
Enviado por AndraValladares em 13/04/2014
Reeditado em 11/01/2017
Código do texto: T4767765
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