SARDADE MARVADA

SARDADE MARVADA

Marcial Salaverry

Cando começo a si alembrá,

daquelis momento tão bão...

cando a genti cumecemu a namorá,

inté mi doi o coração...

Nois era tão filiz...

Agora, cumé qui si diz...

Nóis era filiz i num sabia,

quinda choraria

aquelis tempu tão bão,

qui fazia batê gostoso o coração...

Dus banhu na cachoeira,

fazeno aquelas doidera...

Nossus passeio nus campo...

Das safadeza nu currar...

Adispois, veio a mania de grandeza,

arresorvemo vim prá Capitar...

Perdemos as beleza

qui nois tinha naquele lugar...

Agora, inveis das mata,

nóis só vê genti qui si mata...

Ninveis di jantá as luis de vela,

é as tristeza da favela...

Zamô, canta sardade...

Pruque nois feiz essa mardade

cum nois memo...

Vamisqueci aqui nossas dor,

i vortá pru nosso interior...

Vamô vivê filis novamente,

fazê a alegria da arma da gente...

Marcial Salaverry
Enviado por Marcial Salaverry em 11/04/2014
Código do texto: T4765014
Classificação de conteúdo: seguro