NOSSAS RECORDAÇÕES

NOSSAS RECORDAÇÕES

Eu que andava pela noite e, te colhi

E colhi também, bons frutos de teu pomar

Fruto que sacia a fome da alma

Hoje me encontro fora de meu ninho

Procurando por mim mesmo, e não me encontro

Ando como um andarilho sem rumo

Desvencilhando-me das armadilhas da vida

Sonhando com aventuras pueris.

Queria dissipar paulatinamente

O vulto constante daquela imagem tua

Da tela imaginária de minha mente

São boas recordações, mas não devo continuar.

Por mais que eu queira apagar

Não consigo, tua imagem se revela

Mais real do que nunca, toma forma corporal

E seus braços me enlaçam, me atraindo como imã.

Eu não quero que morra dentro de mim

O desejo de amar-te eternamente

Mesmo que seja de forma platônica

Pois, não quero conviver mais, com

Misteriosa essência do abandono.

Capanema, 03 de abril de 2014.

Samuel Alencar da Silva

salencar
Enviado por salencar em 06/04/2014
Código do texto: T4758862
Classificação de conteúdo: seguro