NOSSA SAUDOSA RUA
Hoje acabei de te ver
lá na saudosa e doce rua,
aquela onde nasceu nossa lua
e o nosso grande querer...
a mesma rua coberta de estrelas,
como em chamas de fogueiras,
brilhavam as noites inteiras,
felizes em poderem vê-la...
guardei ainda teus beijos molhados,
aqueles em noites roubados
de baixo de luzes de neon:
o gosto em minha boca ainda estão!
Lembro das chuvas que alagavam a rua
das tuas risadas, alegres e tão puras,
das nossas ilusões: perenes e maduras
da verdade doída, que foi nua e crua.
Ah! A nossa rua em nada mudou,
mas, ao revê-la, senti que estou
em lua agora: magra e minguante
e o nosso amor desgastado distante...
Hoje, de saudades confesso que chorei
pela rua sem as nossas estrelas,
lagrimas sentidas, não pude contê-las,
lembranças fluíam do quanto te amei,
sob a lua, estrelas em nossa saudosa rua...