O ÚLTIMO CARNAVAL

Lembranças invadem

Sem pedir licença

Recordações coloridas

Vão e vem em cores fortes

E em outras partidas.

Aquela fantasia multicor

Hoje causa dor na saudade

Fotográfica em álbum de borrões

Pergunto onde ficou o brilho

Folião?

As mãos estendidas ao alto

Exaltava Dionísio em sua

Fertilidade primitiva.

Agora a idade regula a

Forma criativa não perjurando

O conteúdo da animação.

O tempo muda e as canções

Não passam de meras

Recordações antológicas

As pernas jovens não conseguem

Saltar suas coreografias.

As tradições carnavalescas

Terminam na ressaca moral

Do despertar pagão.

Guardo o sorriso como bússola

Que me guiará aos confetes e

Serpentinas... Marcha Palhaço

Seguindo o coração pulsante da

Sua colombina.

Fernando Matos

Poeta Pernambucano

Fernando Matos
Enviado por Fernando Matos em 07/03/2014
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