Beija-flor
Flor, que o teu beija-flor tocou,
De pétalas esmaecidas,
Sobre um chão
De tantos tons de cinzas,
Espreita, silenciosa, se o teu beijo vem regar.
Rosa sem viço, esbruga a pó sua venustidade,
E sucumbe lúgubre a seiva que move a dor;
Se não vem o pássaro de outrora
A espera mirra no tempo
A semente que molha o amor.