Mais um dia.
Mais um sol.
O brilho incessante a
espelhar nas águas
imagens distorcidas,
sentimentos triturados,
palavras secas
a infundar
num mar de hesitações.
Mais um dia.
Entardece sangrando-se aos poucos.
A hemorragia tímida de vermelhos
fugidios.
Não se sabe se este é o
derradeiro dia.
Se amanhã ainda haverá
o alvorecer...
a tingir de cor lentamente
a cidade, o mar
e as pedras.
Há muita poesia nas pedras...
Há tanto lirismo na conversa
entre as pedras e o mar.
Há tanto poema escrito na
linha do pôr do sol.
Derramando-se sobre nós.
Derramando-se em nós
e seguindo...
Nos céus,
no chão, nos caminhos
ainda não trilhados...
não conhecidos.
Quanto a nós,
só resta esse dia final.
A morte de um dia inteiro,
diante de nossas retinas
entediadas...
cheias de lágrimas
não vertidas...
Esse velório tácito do tempo.
Não vou chorar.
Não vou dramatizar.
A dor da saudade
não excluirá
a beleza do amor.
Principalmente do amor impossível.
Do vértice que ampara
o infinito de nós
enterrado em
nossos corações.
Não se há tragédia.
Se há romance.
Se afinal, a ironia que perpassa
agora
galopante sobre o vento
que sopra
tanta saudade
num ritmo especial
típico de um dia final.
Mais um sol.
O brilho incessante a
espelhar nas águas
imagens distorcidas,
sentimentos triturados,
palavras secas
a infundar
num mar de hesitações.
Mais um dia.
Entardece sangrando-se aos poucos.
A hemorragia tímida de vermelhos
fugidios.
Não se sabe se este é o
derradeiro dia.
Se amanhã ainda haverá
o alvorecer...
a tingir de cor lentamente
a cidade, o mar
e as pedras.
Há muita poesia nas pedras...
Há tanto lirismo na conversa
entre as pedras e o mar.
Há tanto poema escrito na
linha do pôr do sol.
Derramando-se sobre nós.
Derramando-se em nós
e seguindo...
Nos céus,
no chão, nos caminhos
ainda não trilhados...
não conhecidos.
Quanto a nós,
só resta esse dia final.
A morte de um dia inteiro,
diante de nossas retinas
entediadas...
cheias de lágrimas
não vertidas...
Esse velório tácito do tempo.
Não vou chorar.
Não vou dramatizar.
A dor da saudade
não excluirá
a beleza do amor.
Principalmente do amor impossível.
Do vértice que ampara
o infinito de nós
enterrado em
nossos corações.
Não se há tragédia.
Se há romance.
Se afinal, a ironia que perpassa
agora
galopante sobre o vento
que sopra
tanta saudade
num ritmo especial
típico de um dia final.