leve

A poesia é paixão

E flui livre, salve!

quando ela fala

não manda recado,

É fruto vermelho,

tem a cor do pecado

E versos soltos,

em seu peito vive!

A vida é um livro

de contos, e quem escreve?

A brisa leva, e traz saudades,

nos montes florescem

os Lírios e quem se atreve?

a duvidar de sua fragilidade.

Andam silentes,

as vozes da verdade

Dormem os anjos

um sono tão leve

Terá quem leve, em segurança

os vossos versos.

por entre os guetos

escuros da cidade

Onde a inspiração

tem vida breve

Entregando se aos,

caprichos da vaidade!

Joelma Maia

(In' leve)