Grupo Escolar
Por Carlos Sena (da série "Poemas da Terra")
Meu grupo era pobrinho e
Se chamava Seabra.
Seabra pro mundo?
E pro mundo se abrindo,
Cantava Olê Laurindo.
E pro mundo se abrindo a caixa escolar:
Um lápis pra um, borracha pra outro,
Cadernos pros nossos sonhos envoltos.
No leite de jia, fantasia.
No recreio? Pular a corda da imaginação.
Escravos de Jó, curtição.
Na cartilha a lição:
Ra, ré, ri, ro, ru:
Ra - da rapadura doce dos nosso lanches.
Ré - ode ao tempo que nunca volta.
Ri - do riso se opondo ao pranto.
Ro - do mundo a rodar nosso sonhos.
Ru - dos rumos incertos que a vida canta.
O mundo se abria no formato primário -
Lendário destino dos meninos em
Breviário de calças curtas,
Soletrando a vida qual música,
Ensaboando-a pela alma lavada
Nutrida no grupo Laurindo Seabra.
Por Carlos Sena (da série "Poemas da Terra")
Meu grupo era pobrinho e
Se chamava Seabra.
Seabra pro mundo?
E pro mundo se abrindo,
Cantava Olê Laurindo.
E pro mundo se abrindo a caixa escolar:
Um lápis pra um, borracha pra outro,
Cadernos pros nossos sonhos envoltos.
No leite de jia, fantasia.
No recreio? Pular a corda da imaginação.
Escravos de Jó, curtição.
Na cartilha a lição:
Ra, ré, ri, ro, ru:
Ra - da rapadura doce dos nosso lanches.
Ré - ode ao tempo que nunca volta.
Ri - do riso se opondo ao pranto.
Ro - do mundo a rodar nosso sonhos.
Ru - dos rumos incertos que a vida canta.
O mundo se abria no formato primário -
Lendário destino dos meninos em
Breviário de calças curtas,
Soletrando a vida qual música,
Ensaboando-a pela alma lavada
Nutrida no grupo Laurindo Seabra.