TORTURA NA GRANDE CELA
De um sonho ou quimera,
à realidade que desespera.
De um amor que foi embora,
para um amor que fica,que chora.
Do limite da saudade,estou além.
Na vontade que eu sinto,é você que vem.
A falta que você,sua presença me faz,
machuca,me tira toda,qualquer paz.
Leva-me ao aconchego do seu lar.
Leva-me para o ninho de antigo bar...
E penso estar tranquilo ao seu lado,
sendo intensamente todo iluminado,
por seu brilho,o qual nunca esqueço,
acalorado por seu calor,o qual me aqueço.
Penso nos olhos,quero tanto e bem,
verdes,os lábios que beijei também.
Sem você,meus dias são muito curtos.
Aos pensamentos me apego,me furto.
É como estar em uma grande,fechada cela,
solto,sufocado,a respirar pela pequena janela.
Reagir a saudade que tanto me tortura,
evitar chegar,a todo custo,a beira da loucura.
Loucura de amor,que é quase dor,
em qualquer cela,seja onde for.
Em todas as canções eu a sinto,eu a vejo.
E em sua presença realizo meu desejo.
E é em sua face,em seu belo,encantador sorriso,
que me pego em encantado regozíjo.
E,a solidão,eu,simplesmente,rejeito,
faço um elegante,um belo trejeito,
que me traz de volta a grande euforia,
que enche meu coração de tanta alegria...
Olivercan,autor.