SAUDADE BOA

Puerice que não se desraiga da lembrança

lá dentro se firma, brincando, sorrindo

desconstruindo o tempo.

Fragmentando-o, abstraindo-me.

Acumulada de saudade venturosa,

que me faz rir no canto da boca

no meu olhar plácido e distraído,

rememorando o tempo que se invoca.

Saudade de afazeres

até mesmo dos deveres

do olhar carinhoso da mãe

dos bem quereres.

Saudade quando é boa

convida-nos a espreguiçar

a ficar assim por um tempo

ao relento, ao passado entrelaçando-se.

fatima rosas
Enviado por fatima rosas em 16/02/2014
Reeditado em 06/12/2017
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