SAUDADE BOA
Puerice que não se desraiga da lembrança
lá dentro se firma, brincando, sorrindo
desconstruindo o tempo.
Fragmentando-o, abstraindo-me.
Acumulada de saudade venturosa,
que me faz rir no canto da boca
no meu olhar plácido e distraído,
rememorando o tempo que se invoca.
Saudade de afazeres
até mesmo dos deveres
do olhar carinhoso da mãe
dos bem quereres.
Saudade quando é boa
convida-nos a espreguiçar
a ficar assim por um tempo
ao relento, ao passado entrelaçando-se.