Apagão
Por onde passara com aquele sorriso,
Por onde pisaram seus pés em chamas,
Por onde esteve seu abraço tímido,
Ficaram saudades, ficaram boas lembranças.
Mas seus sonetos perderam a vida
Para a poesia voraz.
Mas seus olhos perderam o brilho
Para o seu sofrimento.
Seus lábios que já falavam pouco,
Passou a não falar nada.
E assim foi indo,
Até que sobrassem daquele poeta apenas cinzas e pó.
Ao meu eterno amigo, e poeta: M.A.
Original (05.02.14)