Ah que saudades eu tenho

Ah que saudades eu tenho

Das noites seguras nas calçadas

Com o céu ao meu dispor

E a lua comigo a conversar

Ah que saudades eu tenho

Das tardes ensolaradas

Nas quais sem medo brincava

Nada me impedia sonhar

Agora eu só tenho medo

As noites na são mais seguras

E nas tardes não se pode brincar

Vive meu lócus de infância

Uma onda total de insegurança

Agora é proibido sonhar

Oh minha linda terra

Tu não é mais tão pacata

Dá-me até medo falar

Os furtos e roubos são tantos

E já não me é mais espanto

Quando somente por isso

Nos mapas tu vem a estar

Mas, tenho eu ainda um sonho

Talvez irrealizável que pena

Sonho que a paz reine intensa

Que um dia eu possa voltar

E seguro poder em ti viver

Com o Velho monge a vislumbrar

E suas águas a nos banhar

Eu a sua beleza escrever, Parnarama.

Elisérgio Nunes
Enviado por Elisérgio Nunes em 09/02/2014
Reeditado em 11/02/2014
Código do texto: T4684505
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