Um paraíso no estranho

Quero quebrar todos os preconceitos em pedacinhos

Quero ouvir os idiomas dos pássaros e entender cada vogaly

Quero esquecer minha língua

E proferir jargões estranhos

Quero correr dos poetas que não amam poesia

Daqueles que fingem intelectualismo desordenado

Quero correr daqueles que compram livros

Estouram o cartão num Instante Para deixar livros enfeitados nas estantes

Quero correr pra periferia e salvar meu povo!

Quero falar línguas estranhas.

Quero me desprender dessa gente -elitismo

Dessa gente de anus-dourados cús –de- ouro e bundas cheirando a perfume francês

Quero me formar, comprar uma casinha em Santa Tereza

Armar uma rede na varanda e ver os artistas passarem

Eu quero ser sempre estranha e estranhar esta gente comum!

Eu quero me purificar

Tomar banho em algum mar do Rio

No final de algum janeiro!