Caindo dos Céus da Infância
Cresci em um mundo mágico
Tão mágico que era trágico...
Sonhava com escadas tecidas de estrelas
Unicórnios de cristais cavalgando nas nuvens
E fantasmas me perseguindo em vielas estreitas...
Naves espaciais e homens intergalácticos
Contava-me sobre um tortuoso caminho
Eram tão amigos e na minha solidão tão presentes
que demorei entender a palavra “sozinho”
E dessa infância fantástica
só sinto falta do carinho
que ousava sonhar no acorde de um cavaquinho
O abraço de um irmão me faria diferente do que hoje sou
mas disso tudo quase nada ficou...
Hoje, resultado dos pensamentos infantes
tornei-me adulto delirante
ainda esperando aquele sorriso verdadeiro
dos meus companheiros de barriga algum reconhecimento
um olhar fagueiro...
Não aprendi a ser poeta, eu nasci para a arte
e a musica é um desafio um ato de coragem
pois ela sempre me aproximou de Deus
Nos pés e na voz do amigo distante que deus me deu...
nome de anjo, coração de santo, dor de homem
uma gota salgada em um sorriso de pranto...
aprendi que ser arte é responsabilidade em amar...
Grata sou ao meu amigo fiel, anjo mutilado...Miguel!
E da minha infância perdida saudade tenho
das noites de febre onde o delírio era o ninho
sinto falta da casa despedaçada
e das madrugadas embaladas nos acordes do cavaquinho
Com singela gratidão lembro do irmão
que vasculhou o mundo sem se importar
se era dor ou manha, e não haveria quem o impediria
e quando eu acordasse lá estaria minha falante boneca
Saudade daquele amor oferecido sem que nada se peça
E minha desejada boneca...
Ela era loira, roupa de lã azul, olhos cor das matas
ela chorava e eu a acalentava...
Da minha infância a bicicleta desejada
descrevo em riqueza de detalhe
cor de rosa, assento branco de bolinhas azuis
Saudade de ser criança...
Xuxa e o ilariê
embalava o coração...
Mas hoje a Xuxa virou bruxa
e deixar de ser criança é solidão
É entender que ter o pé no chão
é a esperta esperança...
De pedras é hoje o caminho
quebrou-se a lua de cristal
entre irmãos não há amor e abraço
a empatia arrebentou-se na corda do cavaco
Cresci em um mundo mágico
Tão mágico que era trágico...
Sonhava com escadas tecidas de estrelas
Unicórnios de cristais cavalgando nas nuvens
E fantasmas me perseguindo em vielas estreitas...
Naves espaciais e homens intergalácticos
Contava-me sobre um tortuoso caminho
Eram tão amigos e na minha solidão tão presentes
que demorei entender a palavra “sozinho”
E dessa infância fantástica
só sinto falta do carinho
que ousava sonhar no acorde de um cavaquinho
O abraço de um irmão me faria diferente do que hoje sou
mas disso tudo quase nada ficou...
Hoje, resultado dos pensamentos infantes
tornei-me adulto delirante
ainda esperando aquele sorriso verdadeiro
dos meus companheiros de barriga algum reconhecimento
um olhar fagueiro...
Não aprendi a ser poeta, eu nasci para a arte
e a musica é um desafio um ato de coragem
pois ela sempre me aproximou de Deus
Nos pés e na voz do amigo distante que deus me deu...
nome de anjo, coração de santo, dor de homem
uma gota salgada em um sorriso de pranto...
aprendi que ser arte é responsabilidade em amar...
Grata sou ao meu amigo fiel, anjo mutilado...Miguel!
E da minha infância perdida saudade tenho
das noites de febre onde o delírio era o ninho
sinto falta da casa despedaçada
e das madrugadas embaladas nos acordes do cavaquinho
Com singela gratidão lembro do irmão
que vasculhou o mundo sem se importar
se era dor ou manha, e não haveria quem o impediria
e quando eu acordasse lá estaria minha falante boneca
Saudade daquele amor oferecido sem que nada se peça
E minha desejada boneca...
Ela era loira, roupa de lã azul, olhos cor das matas
ela chorava e eu a acalentava...
Da minha infância a bicicleta desejada
descrevo em riqueza de detalhe
cor de rosa, assento branco de bolinhas azuis
Saudade de ser criança...
Xuxa e o ilariê
embalava o coração...
Mas hoje a Xuxa virou bruxa
e deixar de ser criança é solidão
É entender que ter o pé no chão
é a esperta esperança...
De pedras é hoje o caminho
quebrou-se a lua de cristal
entre irmãos não há amor e abraço
a empatia arrebentou-se na corda do cavaco