3 8 9 8 DESESPERO

É desespero, vejo o mundo que se desponta.
A tela que não se pode pintar, a pele cansada
Esse tempo que se faz que importe o caminho.
Agarrando se a estribos do nada.
Passos e não se vê adiante qualquer ninho.

Cuidar o que se tem não deixar fugir.
A dor, a posse, o tema é participar
Tem idéias, tem surtos, a demora.
Sem hora, sem tormento, é delação.
É complexidade, é começo de ação.

Plante a colheita, é não se pode prever.
Onde faz de tudo e sim a temer
Um alongar a horizonte perdido.
Pena, sonhos, oh quanto alarido.
Jogado ao mundo, o filme construído
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