Quando voltar ...
Chegue bem manso
contenha-se quando o seu olhar
puder, enfim, me alcançar
abra seus braços
pra receber meus desejos
dobrados nas rimas de mim
desenhe aquele sorriso
concerto de horas sem fim
acalanto de dois de nós
quando o amor era parte primeira ...
antes de tudo, quando éramos sós...
quero viver sua dor
quero beber sua alegria
quero saber sua tristeza
quero refazer cada passo
soberano, fazer o seu jogo
navegar os traços da minh’álma
se embebedando no perfume que exala
que sem limites se esvai e se mistura
naquele sorriso que deste um dia
quando só eu descobria
a vontade de segurar outras lágrimas
que em cascatas, guardavam-me e me acolhia
somente eu estive consciente
do passado e do presente
engavetados na solitária mesmice
que aleatória, reescrevia e reeditava
o nosso principio, ilustrando um meio
em belas cores alargadas de um adiado fim...
traz-te, traz-te de volta em tempo pra mim ...