Ponto da saudade.
Ele me esperava, eu era dele,
Mas não me permitia à posse
Por instante pensativo a olhar
Estáticos de frente para o mar.
A inércia próxima do infinito,
Juntos numa solitária calçada,
E a vida fluía em dois sentidos.
E me flagro no olhar incisivo,
Em meio à solidão do instante,
Uma brisa vem me segredar,
Amor que jamais pude olvidar.
Embarco na nau de um tempo,
A catar cacos de uma saudade,
Lançando a rede sobre as ondas.
Inebriado pelo lindo pôr do Sol,
Adormeço na canção do vento,
Sonho com versos caindo do céu,
Das asas alvas de um querubim.
Agora sentado no solitário banco,
Lanço meu olhar sobre este mar,
Uma dupla corroída pela saudade,
Reminiscências de um caso de amor.
Toninho
07/01/2014