Ponto da saudade.

Ele me esperava, eu era dele,

Mas não me permitia à posse

Por instante pensativo a olhar

Estáticos de frente para o mar.

A inércia próxima do infinito,

Juntos numa solitária calçada,

E a vida fluía em dois sentidos.

E me flagro no olhar incisivo,

Em meio à solidão do instante,

Uma brisa vem me segredar,

Amor que jamais pude olvidar.

Embarco na nau de um tempo,

A catar cacos de uma saudade,

Lançando a rede sobre as ondas.

Inebriado pelo lindo pôr do Sol,

Adormeço na canção do vento,

Sonho com versos caindo do céu,

Das asas alvas de um querubim.

Agora sentado no solitário banco,

Lanço meu olhar sobre este mar,

Uma dupla corroída pela saudade,

Reminiscências de um caso de amor.

Toninho

07/01/2014

Toninhobira
Enviado por Toninhobira em 18/01/2014
Código do texto: T4654664
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2014. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.