CANTOR

Ele era um cantor

um cantor da madrugada...

Sua voz era so de amor,

amor, que vinha da calçada!

Ele cantava com alegria,

pois era o que mais gostava,

tambem declamava poesia,

duas coisas que adorava.

Depois que o circo fechava

lá vinha ele e seu violão,

e eu alí ja o esperava,

para ouvir sua canção.

Sua serenata continuava

até madrugada afora,

dali ninguem levantava,

dalí ninguem ia embora.

Enquanto o circo permanecia

toda noite ele cantava,

sua platéia sempre crescia

tanta gente ali ficava.

Mas terminou do circo a estadia,

ele era seu montador,

triste notícia para aquele dia,

ia embora o trovador.

Deixou tristeza e saudade

de sua voz e de seu violão,

foi embora para outra cidade

sua poesia e sua canção.

Saudade de tanta noitada

que ia ate o amanhecer,

com o cantor da alvorada

quando via,o dia nascer.

Hoje esta longe desse lugar

cantando em outra madrugada,

saudade ,tambem lá vai deixar

ele e um homem da estrada.

Talvez aqui não volte mais

ou,so em outra geração,

ele,não esta em Minas Gerais

ele mora em meu coração.

GIL DE OLIVE
Enviado por GIL DE OLIVE em 26/04/2007
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