Saudades De Minha Infância

Ah! Quanta saudade!

Quantas travessuras, peraltices,

Quantas peripécias e tolices

De uma vida em liberdade!

Aos meus olhos, tudo era lindo.

Era sonho, era encanto.

Não havia dor, nem pranto,

Só a inocência a pairar, sorrindo.

Uma bronca, um xingamento

Sempre havia para abalar.

Mas logo, em alguns momentos,

Sequer dava para lembrar.

Cada cor, cada matiz

Era único e intenso.

Era eu, sempre propenso

A ser um ser sempre feliz.

A inocência era cortina

Impedindo a luz do mal

De iluminar meus pensamentos

De menino angelical.

Onde anda esta cortina?

Rompeu-se em mil pedaços?

Neste mundo de injustiças

Perdeu pra sempre o seu espaço.

Infância querida!

Por que não és de todo eterna?

Por que se vai com as primaveras

Para uma ilha desconhecida?

Hoje a mim, cabe lembrar

Deste tempo de alegrias.

Fui feliz naqueles dias

Que não mais irão voltar.

Daniel Pires
Enviado por Daniel Pires em 02/01/2014
Código do texto: T4633529
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